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Quem foi a primeira pessoa a sistematizar a intervenção clínica em desordens psíquicas?
Sigmund Freud.
Previamente a Sigmund Freud, havia alguma tentativa de explicar e tratar as patologias psicológicas?
Previamente a Freud não haviam tratamentos sistemáticos para desordens mentais, no entanto, algumas personalidades da psiquiatria/neurologia como Pierre Janet e Jean-Martin Charcot já conduziam investigações sobre as origens das perturbações mentais.
No período pré-psicanalítico, o que é que impulsionou o estudo das desordens psíquicas?
O estudo das desordens psíquicas foi impulsionado pela existência de sintomas somáticos como cefaleias, tremores, desmaios, (...) sem uma aparente explicação orgânica.
No período pré-psicanalítico, quais foram as contribuições de Joseph Brauer?
Brauer, no seu trabalho com Anna O., identificou um conjunto de sintomatologia somática sem causa orgânica.
Tal sintomatologia era aliviada quando Anna a descrevia a Brauer, levando a que Brauer (com a ajuda de Anna) colocasse a hipótese de uma "cura pela fala" desta sintomatologia.
Como se define "neurose"?
Uma neurose define-se como um conflito psíquico que surge de uma fixação disfuncional num acontecimento traumático.
A neurose implica sempre algum tipo de psicopatologia ou desordem psíquica?
Não. De acordo com o modelo psicodinâmico, indivíduos psicologicamente saudáveis são, também, neuróticos. Algum grau de tensão psíquica será necessário para que o indivíduo não se desconecte da realidade e seja capaz de se ajustar a ela. Por exemplo, sentir-se ansioso com um teste (dentro de uma faixa normal de intensidade) motiva o/a estudante a preparar-se adequadamente para a avaliação. Esta tensão psíquica é normal e adaptativa.
Apenas consideramos uma neurose como sendo patológica quando esta se torna demasiado rígida, inconsciente e afeta várias áreas da vida da pessoa.
Como é que podemos impedir que uma neurose se torne incapacitante ou desorganizadora?
Para que impedir que a sua neurose se torne incapacitante, o indivíduo deve tomar consciência da mesma e conseguir adequadamente integrar a sua neurose na sua vida. Deste modo, consegue ajustar-se à sua realidade de forma mais adaptativa.
Um traço importante para o bem-estar psicológico é a flexibilidade, estando a rigidez no polo oposto.
Dá um exemplo de como a consciencialização de uma neurose pode ajudar a que haja um melhor funcionamento.
Uma pessoa que padeça de perturbações sazonais e está consciente desse fenómeno consegue-se ajustar corretamente a essas alterações psicológicas, tomando ações preventivas, como rodear-se de uma boa rede de suporte, ou ações interventivas, como ir a um psicólogo ou médico psiquiatra quando sente algum tipo de disfuncionalidade.
Define "trauma".
O trauma é um acontecimento extraordinário, extremamente negativo para o qual o organismo não possuí recursos adaptativos. Tipicamente irá afetar todas as áreas de funcionamento da pessoa.
No modelo psicodinâmico, o que se considera ser um sintoma?
Neste modelo, o sintoma é uma manifestação de um conflito interno não resolvido e reprimido. Pode surgir na forma de sintomatologia afetiva (mal-estar emocional) ou fisiológica (por exemplo cefaleias, dores estomacais, (...)).
De acordo com o modelo psicodinâmico, qual é a função do sintoma?
Neste modelo, o sintoma surge de uma necessidade do organismo alertar para um conflito inconsciente que não foi devidamente resolvido.
Este modelo postula ainda que a tomada de consciência e integração do conflito leva á remissão do sintoma. Isto ocorre porque, estando o conflito devidamente resolvido, o sintoma perde a sua função de sinalização.
Porque é que o organismo necessita do sintoma para sinalizar o conflito interno?
Frequentemente, experiências traumáticas são expelidas para o inconsciente porque o organismo não possui os recursos (psicológicos ou sociais) para integrar o problema na sua realidade.
Por consequência, o organismo sinaliza esse conflito inconsciente de modo a que o indivíduo perceba que algo se passa e esteja motivado para o resolver.
A experiência traumática e o sintoma podem ter algum tipo de semelhança?
Sim. Por exemplo, uma pessoa pode ter uma fobia de espaços fechados porque ficou presa num elevador quando era criança. Paralelamente, o sintoma e a ideia reprimida podem ter, aparentemente, nada que ver um com o outro.
Estas variações em semelhanças podem ser explicadas pela complexidade da cadeia de significação entre a experiência traumática e o sintoma. Esta cadeia, sendo mais simples, torna a ligação entre os dois mais evidente. Por oposição, sendo mais complexa, torna-se mais difícil perceber a conexão entre os dois.
O sintoma desaparece imediatamente após a consciencialização do conflito inconsciente?
Não. O desaparecimento do sintoma é gradual, podendo ser mais demorado em casos de conflitos inconscientes que têm uma longa duração no tempo. Isto acontece devido à psicofisiologia da desordem psíquica, ou seja, aquele organismo está formatado a uma resposta patológica a um determinado estímulo, sendo necessário algum tempo para que esta reação aprendida desapareça.
Como é que a estrutura da personalidade pode afetar a experiência do organismo com o sintoma?
O sintoma pode decorrer da estrutura de personalidade em casos em que a experiência traumática tenha afetado o desenvolvimento da mesma. (por exemplo, em experiências traumáticas que ocorram na infância).
Nestes casos, estes traços sintomatológicos decorrentes da estrutura de personalidade poderão não ser reversíveis. Assim sendo, a tomada de consciência da experiência traumática ajuda a pessoa a gerir a sua sintomatologia ou traços desadaptativos decorrentes da sua personalidade.
Existe uma estratégia, além da tomada de consciência, que auxilia na integração da experiência traumática. Qual é?
A compensação das perdas. Esta compensação surge por via da mobilização dos fatores protetores que o indivíduo dispõe para conseguir suplantar as dificuldades que enfrenta.
Fatores como uma rede de suporte bem consolidada ajudam o indivíduo a atingir níveis mais otimizados de funcionalidade.