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Anatomia Renal
os rins são pares
orgãos retroperitoniais: não cobertos por nenhum folheto de peritoneu
o rim direito está abaixo do esquerdo
Temos 3 faces, 2 polos e ainda:
Os rins possuem 2 bordos:
mais lateral - curvo convexo
mais interno - concavo → onde temos o Hilo
Hilo: veia renal drena sangue à veia cava inferior
A arteria renal dá plasma do sangue ao hilo para ester ser convertido em urina → do cortex para medula → no cortex forma-se a primeira rede microvascular renal
Ureter: inicialmente largo, mas vai estreitando ao contornar o polo inferior
Temos 2 regiões no interior do rim:
região continua: córtex
região descontinua: medula → pirâmides renais
2 polos, um em contacto com o córtex e outro com os cálices menores (1ª estrutura a recolher a urina)
Cálices menores → cálices maiores → bacinete → ureter
Inervação simpática
parênquima renal é desprovido de inervação sensitiva
capsula é a única parte que tem enervação do ponto de vista senstivo
Irrigação
artérias marginais aproximam-se a região mais externa do rim
cada rim contem 1 milhão das suas unidades funcionais - nefrónios
Neste corte coronal do rim, podemos observar duas regiões principais: a região externa é o córtex e a região interna que é a medula.
O córtex é continuo, enquanto a medula é descontínua
Na medula temos pirâmides renais ou de Malpighi
possuem uma base externa larga e um vértice interno estreito.
Nefrónio - unidade funcional do rim
é uma estrutura tubular
células epiteliais
Cada rim contém:
aprox. 1 milhão de nefrónios
aprox. 250 ductos coletores
cada ducto coletor recebe urina de aprox. 4000 nefrónios
Filtrar fluido plasmático, reabsorvê-lo e secretá-lo
pode ser dividido em ≠ regiões
Nefrónio começa pelo corpusculo renal:
Cápsula de Bowman, abraça o glomérulo renal → epitelial (dilatação) → entre estes 2 ocorre a filtração do plasma → chamado de filtrado glomérular → vai para o tubo contornado próximal
estrutura vascular - glomérulo renal (1 de duas redes vascular )
Portanto:
Porção proximal
Cápsula de Bowman
tubulo contornado proximal: Ansa de Henle
uma porção descendente fina
uma porção ascendente fina
uma porção ascendente grossa
tubulo contornado distal → que vai drenar o fluido
ducto coletor → região + calibrosa do nefrónio → recebe fluido de diversos tubolos distais de diferentes nefrónios
Nefrónio - histologia
corado com hematoxilina e eosina
Nefrónio
Em repouso:
Perfusão renal = aprox. 22% do débito cardíaco (5 L/min) = 1,1 L/min
Duas redes de capilares:
Glomerulares
Peritubulares
interlobulares → arteríolas aferentes → rede de capilares glomérulares → não drena sangue numa vénula mas sim numa segunda arteríola → a arteríola eferente → trajeto vertical descendente em direção à medula onde está a segunda rede de capilares → peritubulares
1ª rede: dá fluido do plasma ao nefrónio
2ª rede: serve para reabsorver fluido que foi filtrado a mais
Notas:
o sangue é filtrado na rede de capilares glomérulares (parte não é filtrado e é drenado para longe da rede capilar)
capilares peritubulares é onde ocorre troca de fluidos com a ansa de Henle
os rins recebem muito mais sangue do que aquilo que necessitam para manter as suas células vivas (90% a mais por minuto)
Tipos de Nefrónios
2 tipos:
Nefrónios justaglomerulares (70-80%) - posição cortical → sendo que só a região da parte inferior da ansa de Henle é que possui uma posição medular
são curtos
Nefrónios justamedulares (20-30%) - mais importantes para a decisão a concentração e volume da urina
Arteríolas eferentes longas
Capilares peritubulares paralelos às ansas (Vasa recta)
possuem um trajeto quase exclusivamente medular, sendo que só os tubulos contornados proximal, distal é que estão no córtex
Funções Renais
Excreção (Metabolitos, Toxinas, Fármacos) → função primária
Gliconeogénese em condições de hipoglicémia
Secreção endócrina (Renina, Vitamina D3, Eritropoietina)
Equilíbrio ácido-base e hidro-eletrolítico
Controlo da pressão arterial
Notas:
A alosterona diz ao rim para “fechar a torneira“
Eritropeise quando temos pouco o2 vai ser estimulada a sua produção pela eritropoetina
produz-se renina quando se diminui a pressão arterial renal
Vitamina D3 é a forma ativa da Vitamina D
Gluconeogénese Renal
Durante o estado pós-absortivo
Substratos não glucídicos:
Lactato
Aminoácidos (alanina, glutamina)
Glicerol
Produção de glicose a partir de precursores não-glucídicos durante o jejum.
Formação de Urina
Processos para a formação de urina:
Filtração de plasma – corpúsculo renal → entrega do fluido plasmático dos capilares da 1a rede até à cápsula de Bowman; obede-se às Leis de Starling da filtração e o fluido que se forma na cápsula é o filtrado glomerular
Reabsorção – túbulo renal → o filtrado vai-se deslocando ao longo do nefrónio e em certas partes vão-se retirando substâncias do filtrado glomerular que são devolvidas ao sangue
Secreção – túbulo renal → consiste na produção de substâncias pelas células epiteliais que fazem parte do nefrónio e a sua entrega ao fluido tubular
Nota: Secreção e Reabsorção tanto podem ocorrer no córtex como na medula
nota: todos os orgãos filtram plasma para teres o seu liquido intersticial
≠ subs tem ≠ passagens pelo rim
há substâncias que apenas são filtradas e não são reabsorvidas nem secretadas etc
umas passam por filtração e reabsorção parcial
filtração com reabsorção completa
filtração e secreção
Através da forma como produz urina, modificando o seu volume, o rim participa na manutenção do pH do sangue (equilíbrio ácido-base), na manutenção de concentrações estáveis de iões no sangue (equilíbrio hidro-eletrolítico) e mantém a pressão arterial estável ao longo do tempo.
Filtração Glomerular
realizada na interface entre capilares glomerulares e a cápsula de Bowman.
é um processo de passagem de liquido do plasma para o espaço oco da cápsula de bowman (interstício - espaço oco nesta cápsula)
processo seletivo, não deixa passar para a capsula células do sangue nem a maior parte das proteinas isto porque temos uma tripa barreira de proteção
Tripla barreia:
camadas endoteliais fenetradas
membrana basal
podócitos - célula com pés → são prolongamentos das células
diminui a filtração
fechar a torneira aferente (que dá sangue)
abrir muito a torneira eferente (que tira sangue)
Processo de filtração - Glomerulo
O processo de filtração será tanto mais extenso quanto mais sangue chegar por unidade de tempo à rede de capilares. É possivel aumentar e diminuir a entrega de sangue fazendo-se variar o calibre das duas arteríolas aferente e eferente que ladeiam esta rede de capilares:
Se fecharmos a arteríola aferente estamos a entregar menos sangue logo estamos a filtrar menos
Se dilatarmos a arteríola eferente, ou seja, a arteríola que drena, estamos a aumentar a velocidade de drenagem face à velocidade de entrega, ou seja, está a sair sangue mais depressa do que sangue a entrar, fazendo com que a filtração diminua
Se fecharmos a arteríola eferente, entra a mesma quantidade de sangue para os capilares mas este não consegue sair logo há uma maior acumulação do sangue ao nível dos capilares glomerulares, fazendo com que a filtração aumente
Se dilatarmos a arteríola aferente, há uma maior entrega de sangue à rede de capilares e a drenagem não acontece tão depressa, logo a filtração também aumenta (ao relaxar o múculo liso)
Nota:
dependente da perfusão glomérular
arteriolas aferentes → musculo liso → contrai → menos sangue → menor filtração → diminui-se a taxa de filtração
Filtração Glomerular - formula
Equação de Starling da Filtração
Coeficiente de filtração (Kf ) → área de contacto entre os capilares glomérulares e cápsula de bowman
Coeficiente de reflexão (σ) → permiabilidade da tripla barreira → quanto mais impermiavel, o valor á mais próximo de 1
Pressões hidrostáticas (P) - comanda a filtração
Capilar (GC) → liquido plasmático faz contra a barreira de filtração para passar para a cápsula → favorece a filtração
Espaço de Bowman (BS) → desfavorece a filtração
Pressões osmóticas (π) - sódio, potássio, ureia, a.a etc → puxam de volta água que já foi filtrada → promove reabsorção
Capilar (GC) → puxam h20 do espaço de bowman para capilares → desfavorece a filtração
Espaço de Bowman (BS) - desprezável dado que possui menos osmoles que a pressão osmótica capilar → oposto → favorece a filtração (menos importante)
Filtração Glomerular - O que não é filtrado?
Células do sangue
Proteínas plasmáticas
Substâncias ligadas a proteínas plasmáticas
Fatores limitantes da filtração
Volume → quanto maior o volume da molécula menor é a probabilidade de esta ser filtrada
Carga elétrica → As substâncias que, se tiverem o tamanho adequado, podem ser filtradas são as que têm sobretudo carga positiva, ou seja, os catiões são muito facilmente filtrados, como se pode ver neste gráfico.
Regulação da função glomerular
“Autorregulação de fluxo” - atividade miogénica → arteríolas modificam o tónus do músculo liso para conseguirem manter constante o fluxo sanguíneo ao córtex e taxa de filtração glomerular
Atividade simpática
Hormonas vasodilatadoras ou vasoconstritoras
Feedback tubulo-glomerular
“Autorregulação de fluxo” - atividade miogénica
capacidade do rim manter constante o fluxo de sangue no seu interior
distribui-se primeiro no córtex e depois na medula → independentemente da pressão arterial
quando a arteríola aferente deteta uma porção baixa → músculo liso relaxa → arteríola dilata (hipoperfunsão)
quando o rim ameaça ser hiperperfundido → pressão na artéria renal é muito alta → contração do músculo liso da arteríola aferente → arteriola contrái
Feedback tubulo-glomerular
é a comunicação entre uma região muito específica do tubulo distal e a arteríola aferente do corpusculo renal
quando ocorre a filtração já passagem para a cápsula de bowman varias substâncias, estas fluem ao longo do nefrónio, algumas destas são reabsorvidas, outras permanecem lá.
é o caso do sódio, este ao chegar ao tubulo contornado distal, encontra uma região com células especializadas na detenção de sódio → células da macula densa - captam sódio no lumén. O sódio entra nessas células - quanto mais sódio entrar, mais água entra tbm dado que este é um ósmol - as células aumentam de volume → o aumento deste volume cria uma via de transdução de sinal e ocorre libertação de adenosia
A adenosina atua no músculo liso da arteríola aferente - este músculo contrai - logo ocorre constrição da arteríola aferente - diminui o fluxo de sangue e a extensão da filtração
este feedback assume que se chegar muito sódio é pq a taxa de filtração foi elevada pois a única forma do sódio chegar lá é por filtração
Avaliação da filtração glomerular
Cálculo da depuração (clearance) renal de determinadas substâncias:
Cl (inulina) = TFG
Cl (creatinina) > TFG
para avaliar-mos isto, avaliamos a extensão de filtração
não pode ser medida diretamente no organismo
clearance - quantidade de plasma que é completamente limpa de uma substância por unidade de tempo
Inulina - administrada por via endovenosa - 100% filtrada e 0% reabsorvida e secretada
Creatinina - metabolito (+ usado) - 00% filtrada e 0% reabsorvida e sofre alguma secreção
Estimação da filtração glomerular (TFGe)
Cockcroft-Gault (proposta em 1973)
Clearance Cr= 140−idade × peso corporal 72 × creatinina plasma × 0,85 se feminino
MDRD (proposta em 1999)
Clearance Cr = 175 × [Cr]plasma-1,154 × idade-0,203 × 1,212 (se raça negra) × 0,742 (se feminino)
CKD/EPI (proposta em 2009) - mais usada
Clearance Cr =141 x min( [Cr]plasma κ , 1) α× max( Cr plasma κ , 1) −1,209 × 0,993idade × 1,018 se feminino × 1,159 (se raça negra)
k = 0,7 (feminino) ou 0,9 (masculino)
α = -0,329 (feminino) ou -0,411 (masculino)
estima a TFG e não a calculam diretamente
válidas apenas para doenças renais crónicas
Avaliação da filtração glomerular
Em condições normais a TFG é de aprox. 90-125 mL/min, ou seja, 180 L/dia
A diminuição da TFG traduz comprometimento da função renal
Cálculo da taxa de filtração de uma substância específica
𝐹𝑋 = 𝑇𝐹𝐺 × 𝑃𝑃𝑋
F – taxa de filtração da substância (mL/min)
TFG – taxa de filtração glomerular (mL/min)
PP – concentração plasmática da substância (mg/mL)
Outras Formulas
DESAFIO - Há evidência crescente de que dietas hiperproteicas poderão, a longo-prazo, causar lesão glomerular. Sabendo que as proteínas são completamente reabsorvidas no túbulo proximal, que mecanismo poderá causar esta lesão?
muitas proteínas - aumento de concentração no plasma - mais filtração nos glomérulos e 100% reabsorvidas (para reabsorver a.a têm que se reabsorver sódio) - menos sódio chega à macula densa - estas vão achar que houve um processo de filtração pouco extenso - libertam menos adenosina - menos constrição aferente - há mais dilatação aferente - capilares ficam congestionados e deformados pela hipertensão que ocorre dentro deles - dificilmente reversivel - estando estes depois mais permeaveis a tudo - doença renal crónica