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Período simples
É formado por apenas uma oração (oração absoluta).
• O terrorista ficou no Brasil até o início deste ano.
Análise: no período acima, foi empregada somente a forma verbal ficou, por conseguinte há período simples.
Período composto
É formado por mais de uma oração.
• Existem pessoas que querem manter o nosso instinto sexual em chamas para lucrar com ele. Afinal de contas, não há dúvida de que um homem obcecado é um homem com baixa resistência a publicidade. (C.S.LEWIS)
Análise: no trecho acima, há dois períodos. No primeiro, há três orações marcadas pelas formas verbais “existem”, “querem manter” e “lucrar”. No segundo, há duas orações marcadas pelas formas verbais: “há” e “é”.
Período composto por subordinação
A subordinação é caracterizada pela dependência sintática que ocorre entre oração principal e oração subordinada.
Oração principal (do período) – não exerce função sintática e é complementada pela oração subordinada.
Oração subordinada – é dependente sintaticamente da oração principal, ou seja, estabelece relação sintática com a oração principal.
Orações subordinadas substantivas
Estas orações possuem valor morfológico de substantivo. Sintaticamente podem exercer funções de objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal, aposto. Em regra, são introduzidas pelas conjunções integrantes que ou se.
Orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Exercem função de objeto direto.
• Anistia pede que a China divulgue o número de execuções.
• Perguntaram se você estava melhor.
Orações subordinadas substantivas objetivas indiretas
Exercem função de objeto indireto.
• A PF disse que seu diretor de Combate ao Crime Organizado (...) se reuniu com o procurador do caso (...) e com o juiz (...) para informá-los de que a apuração seguirá com “força total”.
• O professor jamais duvidou de que os alunos seriam aprovados.
Orações subordinadas substantivas subjetivas
Exercem a função de sujeito.
• Convém que ele cresça e eu diminua.
• Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda.
Orações subordinadas substantivas predicativas
Exercem função de predicativo do sujeito.
• O fato é que o Brasil se recuperará bem da crise.
• Meu receio era que todos fossem reprovados.
Orações subordinadas substantivas completivas nominais
Exercem função de complemento nominal.
• Os Estados Unidos rejeitam a tese de que estrangeiros fraudaram pleito afegão.
• Ao contrário, aqueles que lutam por maior igualdade estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas.
Orações subordinadas substantivas apositivas
Exercem função de aposto.
• Só quero uma coisa, que vocês estudem.
• Karl Marx e Aléxis de Tocqueville, embora tivessem ideias bastante diferentes a respeito do futuro da sociedade, concordavam em um ponto: a extrema pobreza não gera revolta, porém apatia.
Orações subordinadas adjetivas
Classificam-se as orações adjetivas em dois tipos.
Orações subordinadas adjetivas restritivas
Têm como antecedente um substantivo (ou palavra com valor de substantivo); delimitam e definem claramente o termo anterior; possuem valor de adjunto adnominal; em geral, não se isolam na escrita por vírgula.
• Veja a relação dos parlamentares que tiveram inquérito ou ação penal aberta no Supremo Tribunal Federal.
• A maldade que opera em nós consiste na dedicação incessante ao próprio eu.
Orações subordinadas adjetivas explicativas
Exprimem o sentido geral do substantivo antecedente; esclarecem e ratificam a sua significação, à semelhança do aposto explicativo. Na fala, isolam-se do antecedente por uma pausa, indicada na escrita por vírgula. Refere-se a seres únicos, generaliza a informação anterior, faz referência ao todo – e não a parte do todo como as restritivas.
• O presidente Obama, que até então parecia esperar o Legislativo resolver “bipartidariamente”, passou a jogar todo o seu peso na disputa.
• Falta ouvir José Roberto Arruda, que é ex-governador do Distrito Federal.
Pronomes relativos
Em regra, as orações adjetivas iniciam-se por pronome relativo, que exerce função sintática na oração subordinada, estabelecendo relação anafórica com o termo antecedente. Os principais pronomes relativos são: que, o qual, quem, cujo, onde.
Que (pronome relativo)
Introduz uma oração subordinada adjetiva e possui função sintática na oração subordinada. Retoma o termo imediatamente anterior e produz informação coerente (lógica) na oração subordinada. Então, para sabermos se a palavra “que” é um pronome relativo, devemos substituir o “que” pela expressão nominal imediatamente anterior e, se após a substituição, a oração subordinada transmitir informação coerente, ou seja, provida de sentido, teremos pronome relativo.
• O homem que ama a sabedoria alegra o seu pai.
• Este é o projeto de que ele participou desde o início.
• Deputado distrital revela à colunista Maria Campos os motivos que o levaram para o partido de Marina Silva.
Que (conjunção integrante)
Introduz uma oração subordinada substantiva e não possui função sintática.
O que (o = pronome demonstrativo / que = pronome relativo)
Existem construções em que o pronome relativo que é antecedido pelos pronomes demonstrativos a, as, o, os. Nessas construções, muitos candidatos classificam a palavra que como conjunção – e não como pronome relativo.
• Todos sabem o que o deputado acusado fez.
Análise: no exemplo acima, o vocábulo o é um pronome demonstrativo e o que, um pronome relativo. Para chegar a esta classificação, devem-se seguir alguns passos.
1) Faça a substituição lexical: “Todos sabem aquilo que o deputado fez”.
2) Divida as orações entre o demonstrativo “o” e o relativo “que”: Todos sabem o | que o deputado fez”.
3) Estabeleça a relação anafórica, ou seja, o “que” pronome relativo, como já estudamos, retoma o termo imediatamente anterior que, nesse caso, é o pronome demonstrativo “o” (aquilo).
4) Agora, depois da retomada do antecedente, classifique sintaticamente o pronome relativo que: “o deputado fez aquilo” (aquilo = objeto direto). Ressalte-se que a função do vocábulo aquilo, na oração 2, é a função sintática do pronome relativo que (objeto direto), porquanto este pronome retoma o demonstrativo o (aquilo).
É que (locução expletiva)
A expressão é que, como locução expletiva ou de realce, é empregada para evidenciar um termo da oração, e não lhe cabe função sintática nenhuma.
• Os deputados é que saíram ganhando. (período simples)
• Nós é que somos brasileiros. (período simples)
• Foi por meio da teoria que o professor explicou a matéria. (período simples)
Análise: nos exemplos acima, a expressão é que pode ser retirada sem modificar as relações sintáticas: “Os deputados saíram ganhando”, “Nós somos brasileiros”, “Por meio da teoria o professor explicou a matéria”.
O qual
Este pronome concorda com o antecedente e pode substituir o que nas orações subordinadas adjetivas.
• A compaixão sincera, a qual gera o perdão, amadurece quando descobrimos onde o inimigo chora.
Quem
O pronome relativo quem, na relação textual, retomará sempre pessoa – e virá precedido de preposição.
• O parlamentar a quem me refiro possui ficha limpa.
Cujo
O pronome relativo cujo retoma o antecedente, que estabelece relação de posse com o consequente.
1. O cujo ocorre em orações subordinadas adjetivas.
2. Em regra, exerce função sintática de adjunto adnominal (aspecto sintático).
3. Dá ideia de posse (aspecto semântico).
4. Pode vir precedido de preposição.
5. Não admite posposição de artigo.
6. Estabelece concordância com o consequente.
7. Tem de existir nome antes e depois do cujo.
Onde – aonde
O uso dos vocábulos onde e aonde está vinculado a regência, ou seja, é necessário observar a preposição exigida pela construção.
Onde – a estrutura linguística pede a preposição em.
Aonde – a estrutura linguística pede a preposição a.
O pronome relativo onde equivale a em que (no qual), e tem como antecedente substantivo ou palavra com valor de substantivo que denota lugar.
• Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens.
O vocábulo aonde (preposição a + o vocábulo onde), em regra, é empregado com verbos que indicam locomoção.
• Aonde quer que eu vá, levo você no olhar.
Orações subordinadas adverbiais
Essas orações possuem o valor morfológico de advérbio. Sintaticamente exercem função de adjunto adverbial. São introduzidas por conjunções subordinativas (exceto as conjunções integrantes que e se). Devem-se considerar dois fatores para classificar o tipo de oração subordinada adverbial: a conjunção e o valor semântico da oração.
Orações subordinadas adverbiais condicionais
Exprimem condição, possibilidade.
• Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
• Caso não seja candidato, Ciro diz que não vai fazer muito.
Orações subordinadas adverbiais temporais
Expressam tempo em relação ao fato expresso na oração principal.
• Quando caminhares, o mandamento te guardará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.
• Precisamos resgatar o brega, antes que o Brasil fique cafona.
Orações subordinadas adverbiais causais
Exprimem causa em relação ao evento expresso na oração principal.
• Isso é bom ou ruim? Num primeiro momento, a resposta deverá ser sempre positiva, já que o número superlativo demonstra a atitude empreendedora dos brasileiros, a sua criatividade e iniciativa.
• E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam.
Orações subordinadas adverbiais finais
Exprimem finalidade em relação à oração principal.
• Para reclamar do professor, os alunos foram à coordenação.
• O projeto tem como objetivo adequar e reformular o conteúdo da disciplina de Química, a fim de torná-la mais abrangente.
Orações subordinadas adverbiais concessivas
Exprimem uma quebra de expectativa, um fato que se admite apesar de. Exigem o verbo no modo subjuntivo.
• Karl Marx e Aléxis de Tocqueville, embora tivessem ideias bastante diferentes a respeito do futuro da sociedade, concordavam em um ponto: a extrema pobreza não gera revolta, porém apatia.
• Dez delegados devem disputar as eleições para deputado federal em 2010. Apesar de ser a instituição de maior credibilidade, Polícia Federal não consegue eleger representante.
Orações subordinadas adverbiais proporcionais
Dão a ideia de proporcionalidade e expressam concomitância temporal em relação à oração principal.
• Ele foi se acalmando à medida que as boas notícias chegavam.
• À proporção que se aproxima o dia do concurso, os candidatos se aplicam mais.
Orações subordinadas adverbiais comparativas
Exprimem comparação com o evento expresso na oração principal. Observa-se que o verbo da oração subordinada comparativa geralmente ficará implícito.
• Ela chorava como uma criança. (o verbo está implícito na oração comparativa)
• A Maria gosta mais de ler do que jogar computador.
Orações subordinadas adverbiais conformativas
Exprimem conformidade de um fato com outro.
• Ele tomaria a iniciativa, conforme disse a correligionários do DEM, antes de ser analisada proposta de sua expulsão do partido.
• A construção de casas é um processo mais lento, segundo afirmou Paes.
Orações subordinadas adverbiais consecutivas
Expressam uma consequência em relação à oração principal (causa). Observa-se que na oração principal haverá um termo intensificador (tão, muito, bastante, tanto...): explícito ou implícito.
• A Maria e a Laura são tão próximas que até os gestos, gostos e manias se confundem.
• É tão feio que mete medo.
Conjunções subordinativas
Introduzem orações subordinadas adverbiais.
Causais
porque, como (porque), pois, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, porquanto.
Concessivas
embora, conquanto, bem que, se bem que, posto, posto que, sem que, apesar de que, nem que, por menos que, por mais que, ainda que, em que pese, quando mesmo.
Condicionais
se, caso, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que.
Temporais
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, que (desde que), primeiro que, enquanto.
Consecutivas
que, de forma que, de modo que, de sorte que, tanto que.
Comparativas
que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem.
Conformativas
conforme, como (conforme), segundo, consoante.
Proporcionais
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais...mais, quanto mais...tanto mais, quanto mais...menos, quanto mais...tanto menos.
Finais
para que (a fim de que, que, porque).
Orações reduzidas
Oração reduzida não possui conectivo oracional (conjunção e pronome relativo) e o verbo se apresenta numa forma nominal: infinitivo, gerúndio ou particípio.
• O brasileiro, que, segundo pesquisa do Ibope, é um sujeito chegado a desvios éticos, pode se lembrar de tudo o que se passou e provar nas urnas que é capaz de dar um voto consciente. (oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo)
• Ao atravessar o Congresso, ganhou de cara o lobby poderoso da Frente Parlamentar da Saúde. (oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo)
• O deputado entrou no plenário falando alto. (oração subordinada adverbial “modal” reduzida de gerúndio) Observação: a Nomenclatura Gramatical Brasileira não menciona as orações adverbiais modais.
• Taxa de homicídios divulgada pelo governo não usa dados do IBGE. (oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio)
• Elaborado pelo senador Tião Viana (PT-AC), o projeto de Lei Complementar nº 121/1907 foi aprovado no último dia 9 no Senado. (oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio)
• O evangelho da prosperidade é apenas uma das pobres tentativas de acomodar os ditos de Jesus à nossa cultura de consumo.