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Homeostasia
O conceito de homeostasia vem da capacidade do organismo de trabalhar em função do estabelecimento do equilíbrio das suas funcionalidades.
Há resistência às perturbações que afetam o organismo, ameaçando o “meio interno”.
Meio interno
Composto pelo fluido extracelular: plasma e fluido intersticial
O corpo é composto por água em 60% do seu peso, sendo 40% água no fluido intracelular e 20% no extracelular.
Transporte membranar
Transporte passivo:
Transporte simples e facilitado
Transporte ativo:
Bombas (utilização de ATP)
Osmose
Solutos osmoticamente ativos (osmoles): Na+ , Cl- , ureia, glucose, sorbitol, proteínas, ...
• Osmoles eficazes – não atravessam membranas
• Osmoles ineficazes – atravessam as membranas
Efeito de Gibbs-Donnan
Este efeito ocorre nas células humanas, cujo citosol possui macromoléculas aniónicas não difusíveis (proteínas, ácidos nucleicos, nucleótidos,...), osmoles eficazes de carga negativa que atraem água do meio extracelular
Canais iônicos
Nos movimentos de iões pelas membranas plasmáticas, por difusão facilitada, são muito importantes.
Temos 3 tipos de canais ionicos:
Canais de escoamento (leak) - estão sempre abertos a permitir a passagem de iões de acordo com o gradiente de concentração
Canais dependentes de estímulo
Canais dependentes de voltagem
(são ativados consoante estas determinadas características)
Gradiente eletroquímico
Combinação do gradiente químico e elétrico, regidos pela massa da molécula e pela sua carga, respetivamente.
Sempre que o gradiente eletroquímico é 0 então o fluxo de iões que entra = fluxo de iões que sai.
Potencial de repouso
A concentração dos iões presentes no interior e exterior das células define o potencial de repouso.
Células nervosas: Na+, K+ e Cl-
Células musculares: Na+, K+ , Cl- e Ca2+
Permeabilidade da membrana
A membrana possui 100x mais canais leak de K+ que de Na+, por isso, há sempre mais potássio a sair do que Na+ a entrar.
Bomba sódio/potássio
Saem 3 Na+ e entram 2 K+ . Contra o gradiente de concentração.
Alterações ao repouso
Quando a célula recebe algum estímulo pode sofrer uma hiperpolarização ou uma despolarização. Para voltar ao estado de repouso sofrem uma repolarização.
Resposta a estímulo
No organismo temos células não-excitáveis (que apenas emitem potenciais gradativos) e células excitáveis (conseguem emitir potenciais de ação).
Os canais de escoamento mantêm o estado de repouso, os canais dependentes de estímulo desencadeiam potenciais gradativos e os canais dependentes de voltagem desencadeiam o potencial de ação.
Potenciais gradativos
Somação de potenciais gradativos
A intensidade de um potencial gradativo é proporcional à intensidade do estímulo.
A somação pode ser temporal - em dois tempos diferentes no mesmo local.
E somação espacial - em dois locais diferentes
Limiar de excitabilidade
Potencial de membrana que permite a ativação dos canais dependentes de voltagem (de forma a desencadear um potencial de ação)
Canais de voltagem de Na+
são rápidos
possuem 3 estados: abertos, inativados e fechados
Canais de voltagem de K+
Lentos
2 estados: abertos ou fechados
Potencial de ação
Abertura dos canais de estímulo de Na+
Abertura dos canais de voltagem de Na+
Despolarização
Overshooting
Repolarização
Hiperpolarização
2ª Repolarização
Linha tracejada: limiar de excitabilidade
Lei do tudo ou nada
Indica que sempre que se atingir o limiar de excitabilidade gera-se sempre um potencial de ação. O contrário também acontece, se não atingir não gera potencial.
Períodos refratários
Absoluto: É impossível gerar um novo potencial de ação.
Relativo: É possível gerar um novo potencial de ação, mas apenas se o estímulo for mais forte que aquele que foi aplicado em repouso.
Importantes para certificar que o estímulo segue sempre na mesma direção e evitar que haja sobre estimulação celular.
Interesse terapêutico
Importante o bloqueio farmacológico dos canais de sódio, sendo muito utilizados como anestesia local, por exemplo.
Osmoles ineficazes
atravessam menbranas
não distribuem igualmente a água
Efeito de Gibbs-Donnan
Este efeito ocorre nas células humanas, cujo citosol possui macromoléculas aniónicas não difusíveis (proteínas, ácidos nucleicos, nucleótidos,...), osmoles eficazes de carga negativa que atraem água do meio extracelular
cria desigualdade de distribuição de água e de iões
Qual a consequência destes processos através de membranas semipermeáveis?
É o facto das nossas células, no interior do organismo, terem de ter uma osmolaridade conservada; caso contrário, a célula podia inchar (devido a uma solução hipotónica), podia não haver alteração de volume celular (devido a uma solução isotónica), ou a célula podia colapsar (devido a uma solução hipertónica).
A célula como dipolo elétrico
Todas as células do organismo geram dipolos elétricos – estão eletricamente polarizadas, independentemente da sua atividade
O potencial de membrana é sempre negativo quando uma célula está em repouso
Meio intracelular é mais rico em potássio porque
a membrana plasmática é mais permeável a este ião, ou seja tem mais canais de potássio.
Génese do potencial de repouso/formulação teórica
O potencial de ação é uma variação do potencial eletroquímico da célula.
A diferença de potencial elétrico é uma função da carga do ião e das diferenças de concentração que existem ao longo da membrana.
À medida que os movimentos de iões vão ocorrendo, vai sendo gerada uma diferença de potencial.
permeabilidade do potencial de repouso
permeabilidade de um ião é diretamente proporcional ao nº de canais abertos para esse ião
O potencial de repouso é negativo devido a:
1. Negatividade do meio intracelular
2. Maior permeabilidade membranar para o potássio que para o sódio
3. Atividade eletrogénica da bomba sódio-potássio
3. Bomba de Na/K-ATPase
• Transporta iões (Na+ , K+ ) contra o seu gradiente de concentração
• 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro
• Contribui para a manutenção do volume celular
NAO É CANAL IONICO, pois é transporte ativo
Potencial gradativo
Canais dependentes de estímulo
Potenciais gradativos despolarizantes
Entrada de catiões (Na+ , Ca2+, K+ )
Saída de aniões (Cl- )
Potenciais gradativos hiperpolarizantes
Entrada de aniões (Cl- )
Saída de catiões (K+ )
A intensidade do potencial gradativo é proporcional à
intensidade do estímulo
nota: A propagação do potencial gradativo é decremental (vai diminuindo gradualmente)
Potencial de ação
Canais dependentes de voltagem
Os potenciais de ação são variações do potencial elétrico ao longo do tempo.
Um potencial de ação é caracterizado por um conjunto de fases. Existe uma fase em que existe um potencial de repouso, quando o potencial de ação não se iniciou. Quando há um determinado estímulo, há uma despolarização (aproximação do potencial de membrana do 0), que é a primeira manifestação de um potencial de ação, e a velocidade de
despolarização altera-se (atinge o limiar de excitação). Após esta fase, o traçado rapidamente atinge e ultrapassa o ponto
isopotencial, começando depois a cair até ao valor de repouso - repolarização. Pode também ocorrer uma hiperpolarização (há uma diminuição abaixo do valor inicial/basal), voltando depois ao normal.
Potencial de membrana no qual abrem canais dependentes da voltagem
Canais de voltagem de Na+
• Rápidos
• 3 estados
– abertos, inativos, fechados
Canais de voltagem de K
• Lentos
• 2 estados
– abertos, fechad
Vantagens
• Propagação em apenas um
sentido de cada vez
• Prevenção de sobre-estimulação
celular
Reobase:
intensidade mínima de corrente capaz de produzir um potencial de ação.
Cronaxia:
tempo que é necessário aplicar um estímulo de intensidade dupla da reobase para que se produza um potencial de ação
Interesse terapêutico
O bloqueio farmacológico dos canais de sódio dependentes da voltagem estabiliza as células excitáveis, sendo uma estratégia de anestesia local e de tratamento de doenças
- Epilepsia
- Cefaleias
- Pert. psiquiátricas
- Arritmias
- Anestesia local
Propagação de um potencial de ação
Na maioria dos neurónios os potenciais de ação iniciam-se no cone de implantação
Condução de um potencial de ação
A condução saltatória é mais rápida que a contínua e permite a poupança de volume no sistema nervoso central
A condutância é uma medida do número de canais de sódio e potássio abertos.
Quando há um estímulo, há uma abertura de canais de sódio, aumentando a condutância do sódio; este vai entrar para o interior da célula e tornar a célula mais positiva - despolarização.
Ao mesmo tempo, os canais de potássio demoram mais tempo e vão provocar um pico de condutância mais tardio, sendo esta saída coincidente com a fase de repolarização.
Se o potássio sair em quantidade suficiente, o excesso de cargas positivas acentua-se e temos uma hiperpolarização.
Mielina
A mielinização é levada a cabo pelos oligodendrócitos (SNC) e células de Schwann (SNP)
Classificação de Erlanger-Gasser
Fibras A e B - Mielinizadas
Fibra C - Não mielinizada.