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Função da Bomba Cardíaca
Quando a carga é nula ou inferior à tensão gerada, um músculo gera sempre uma contração isotónica concêntrica!
Pela disposição circunferencial dos cardiomiócitos nos ventrículos, a sua contração concêntrica provoca uma diminuição do volume ventricular
Tensão dos cardiomiócitos
Lei de Laplace
Tensão de parede = (Pressão interna × raio) / (2 × espessura de parede)
Aplicada ao ventrículo:
Pressão ventricular = (2 × Tensão de parede × espessura da parede ventricular) / Volume ventricular
Quanto mais espessa a parede → Maior pressão interna gerada
Tipos de Carga
O miocárdio está sujeito a duas cargas:
pré-carga (interna) → distensão que o ventrículo faz quando se
enche de sangue, contrariando o movimento de
encurtamento
fácil de ser vencida
pós-carga (externa) → pressão que a artéria faz contra o
ventrículo do qual vai receber sangue
dificil de ser vencida
A carga que um músculo suporta é uma força que contraria o seu encurtamento!
Ciclo Cardíaco
Sequência de eventos cíclicos que permitem a acomodação de sangue trazido por um sistema venoso e a sua expulsão para um sistema arterial
Os ventrículos são as cavidades cuja função é a representativa destes fenómenos
Caracterizado por marcadas alterações no volume e pressão ventricular
Fases do Ciclo Cardíaco
Sístole (contração = geração de força) ➔ ➔ dura em repouso aprox. 30-40% do ciclo
Isovolumétrica: é uma fase de preparação onde o miocárdio faz força,mas ainda não consegue vencer as suas cargas, contraindo de uma forma isovolumétrica (não se dão alterações no volume dos ventrículos)
Ejeção (rápida e lenta)
Diástole (relaxamento = diminuição de força) ➔ ➔ dura em repouso aprox. 60-70% do ciclo
Isovolumétrica: o miocárdio encontra-se a perder força para poder sevoltar a encher
Enchimento (rápido e lento): o miocárdio já perdeu força suficiente para ser capaz de se encher novamente
Nota: Em qualquer fase do ciclo cardíaco o sangue flui sempre de regiões de pressão mais alta para regiões de pressão mais baixa
Enchimento
Enchimento rápido
Gradiente auriculo-ventricular é máximo
Relaxamento ventricular
Válvulas AV abertas criam reduzida resistência ao fluxo
Enchimento lento (diástase)
Diminuição do gradiente auriculo-ventricular
Diástase - Sístole auricular
esta fase está a ocorrer nas aurículas e faz parte do enchimento dos ventrículos, acontecendo com o objetivo de esvaziar totalmente as aurículas
Despolarização auricular: As aurículas excitam-se, geram um potencial de ação, ocorrendo
despolarização
Contração do miocárdio auricular => pressão auricular aumenta
Em repouso => 10-20% do volume diastólico final
Em esforço => até 40% do volume diastólico final
Efeito de “espremedura” e retorno venoso impedem refluxo para a aurícula
Relaxamento miocárdio auricular => pressão auricular diminui
Volume ventricular mantém-se constante
Cordas tendinosas impedem o prolapso das válvulas AV
Sístole isovolumétrica
Despolarização ventricular: Os ventrículos excitam-se eletricamente, os potenciais fluem ao longo do septo e das duas paredes ventriculares
Contração do miocárdio ventricular => pressão ventricular aumenta
As paredes começam a fazer pontes cruzadas, a gerar força que ainda não é suficientemente forte para vencer as cargas
Encerramento das válvulas AV (1º som cardíaco)
Volume ventricular mantém-se constante
Cordas tendinosas impedem o prolapso das válvulas AV
Sístole de Ejeção
Ejeção rápida: Enquanto o gradiente de pressão ventrículo-artéria é grande, a ejeção é
rápida
Pressão intraventricular ultrapassa a pressão arterial
Abrem-se as válvulas semilunares e ocorre ejeção
Pressão ventricular vai diminuindo
Ejeção lenta: Quando o gradiente de pressão começa a diminuir, porque a pressão intraventricular vai diminuindo devido ao ventrículo estar quase vazio
Repolarização ventricular
Relaxamento ventricular => pressão ventricular diminui
Diástole isovolumétrica
fase de preparação para o enchimento
Relaxamento do miocárdio ventricular: Quebram-se as pontes cruzadas, reduzindo-se a força
ventricular
Encerramento das válvulas semilunares (2º som cardíaco): Válvula aórtica encerra antes da válvula pulmonar
Válvula aórtica encerra antes da válvula pulmonar
Curvas Comprimento-Tensão
Qualquer músculo faz contrações diferentes dependendo do comprimento a que está a ser excitado
Ativação dependente do comprimento:
Sensibilização da troponina C
Aproximação da actina e miosina
quanto mais cheio fica o ventrículo, maior é o volume e maior é a pressão que este é capaz de gerar – gera-se uma tensão passiva
depois do enchimento, este despolariza, forma pontes cruzadas e surge uma tensão ativa, muito superior à tensão passiva
Curva pressão-volume ventricular
Volume diastólico final (VDF)
Volume sistólico final (VSF)
Volume de ejeção (VE) = VDF – VSF
Fração de ejeção (FE) = (VE/VDF) x 100%
Fase de Enchimento - Passagem do ponto A para o ponto B
Sístole isovolumétrica – Passagem de B para C
Sístole de ejeção – Passagem de C para D
Diástole isovolumétrica – Passagem de D para A
Efeito da pré-carga Cardíaca
Carga criada pelo estiramento inicial dos cardiomiócitos antes da contração ventricular
Estimada pelo volume diastólico final ou pela pressão diastólica final
Esta pré-carga é estimada pelo volume diastólico final ou pela pressão diastólica final
Quando se aumenta o volume de enchimento do miocárdio, todos os cardiomiócitos ficam mais esticados
Lei de Frank-Starling
Quanto maior o volume diastólico final (pré-carga), maior a pressão e volume de ejeção
Fatores determinantes da pré-carga
Complacência ventricular: Quanto maior a complacência (maior a distensão), maior a pré-
carga
Inotropismo auricular: quanto mais fortemente as aurículas contraem, mais sangue enviam para os ventrículos e maior a pré-carga
Frequência cardíaca: Quanto mais vezes contrai o coração, menos tempo tem para contrair e menor a duração da diástole, o que leva a um menor enchimento e uma diminuição da pré-carga
Inotropismo ventricular: se o miocárdio ventricular é estimulado pelo simpático, este ganha inotropismo, contraindo mais fortemente e consequentemente menos sangue fica no ventrículo e menor é a pré-carga do ciclo cardíaco seguinte.
Pressão venosa (retorno venoso e volémia): Quanto maior a pressão venosa maior o enchimento das aurículas e dos ventrículos, o que leva a uma maior pré-carga
Resistência ao efluxo (válvulas semilunares)
Resistência ao influxo (válvulas AV)
Efeito da pós-carga cardíaca
A pós-carga é a pressão que a artéria tem antes de o ventrículo contrair.
Carga (pressão arterial diastólica) contra a qual o ventrículo tem de contrair para poder ejetar sangue
A pressão das artérias não é constante ao longo do tempo, variando oscilatoriamente:
Se o ventrículo está a contrair, todas as artérias aumentam um pouco a pressão e quando atingem o máximo chegam à pressão sistólica;
Se o ventrículo está a relaxar a pressão nas artérias diminui, atingindo-se a pressão diastólica da artéria.
A diminuição inicial do volume de ejeção faz aumentar o volume diastólico final nos ciclos cardíacos seguintes. Deste modo, a lei de Frank-Starling faz o volume de ejeção voltar a aumentar.
Nota: Quanto maior a pressão arterial, menor é o débito cardíaco, ou seja, menor a capacidade de o ventrículo ejetar sangue para as artérias
Efeito da pós-carga cardíaca (ANREP)
Um estiramento prolongado dos cardiomiócitos ventricular fá-los produzir angiotensina II
A angiotensina II estimula o antiporte sódio-hidrogénio → acumulação intracelular de sódio
Esta acumulação promove o antiporte sódio-cálcio em modo reverso → acumulação intracelular de cálcio
Efeito da frequência Cardíaca
Na ausência de mecanismos fisiológicos compensatórios: O aumento da frequência cardíaca provoca uma diminuição do volume de ejeção e um aumento não proporcional do débito cardíaco
Se a frequência cardíaca aumentar, o ciclo cardíaco dura menos tempo, roubando-se o tempo à diástole
Efeito da frequência Cardíaca Bowditch
Se a frequência cardíaca aumentar é porque a frequência de potenciais de ação ventriculares também aumenta
A bomba Na/K-ATPase perde eficácia → grande acumulação de Na+
Esta acumulação promove o antiporte sódio-cálcio em modo reverso → grande acumulação de Ca2+
Efeito do inotropismo
Capacidade do músculo cardíaco gerar força ativa independentemente das cargas que suporta
Quanto maior a estimulação simpática, maior o inotropismo, ou seja, a força de contração
Com o aumento do inotropismo, o volume diastólico final mantém-se igual, mas o sistólico final fica cada vez menor
Quanto maior o inotropismo, maior a força ativa e maior a velocidade de encurtamento
Quanto maior o inotropismo, maior o volume de ejeção
Fatores determinantes do inotropismo
Estimulação simpática
Catecolaminas em circulação (supra-renal): a adrenalina e a noradrenalina são libertadas pela supra-renal e mimetizam a estimulação simpática
Efeito de Bowditch: se a frequência cardíaca aumenta, o inotropismo aumenta
Efeito de ANREP: Se a pós-carga aumentar, o inotropismo aumenta
DESAFIO - Uma estratégia para combater a sensação de fraqueza/desmaio é colocar a pessoa em decúbito dorsal e elevar transitoriamente os membros inferiores.