Farmacocinética

Farmacocinética

A farmacocinética estuda o que acontece com o fármaco dentro do organismo e abrange quatro etapas principais:

  1. Absorção: Processo pelo qual um fármaco é transferido do local de administração para a corrente sanguínea.

    • Influenciada por fatores como a solubilidade do fármaco, a forma farmacêutica e as características do trato gastrointestinal.

    • Vias de administração:

      • Oral: mais usada, garantias de biodisponibilidade, mas sofre efeito de primeira passagem pelo fígado.

      • Intravenosa: não tem processo de absorção.

      • Intramuscular: risco de irritabilidade.

      • Subcutânea, Retal, Sublingual, Dermínica e Inalatória: variam em absorção e características.

  2. Distribuição: Refere-se ao processo pelo qual o fármaco se dispersa pelo organismo após a absorção.

    • Afetada por fatores como:

      • Ligação às proteínas plasmáticas (ex: albumina).

      • Fluxo sanguíneo para os tecidos.

      • Permeabilidade das membranas celulares.

    • Importante considerar a interação medicamentosa e o impacto na farmacodinâmica.

  3. Biotransformação: Processo pelo qual o organismo converte um fármaco em metabolitos.

    • Realizada principalmente no fígado através do sistema do citocromo P450.

    • Dois tipos de reações:

      • Tipo I: Alteração de grupos funcionais para exposição.

      • Tipo II: Conjugação com grupos funcionais expostos.

    • Influenciada por fatores genéticos (farmacogenética).

  4. Excreção: Processo pelo qual o fármaco é eliminado do organismo.

    • Realizada principalmente a nível renal.

    • Importante considerar a reabsorção e secreção durante este processo.

    • A capacidade renal diminui com a idade, afetando a excreção.

Farmacocinetica - o que acontece ao fármaco dentro do organismo e abrange quatro etapas principais: absorção, distribuição, biotransformação e excreção, cada uma desempenhando um papel crucial na eficácia e segurança do tratamento.

Farmacodinamica: dinamismo da droga

Influencia dos genes na biotransformação: Farmacogenetica

  • Nem todos os fármacos são medicamentos: É necessário modificá-los no organismo para que cheguem à biofase, o alvo desejado.

  • Aplicação: Pode ser sistêmica ou local (artopica); nem sempre a biofase está disponível para o fármaco.

    • É administrada uma dose capaz de exercer o efeito de forma sistêmica.

Janela Terapêutica

  • Conceito: A janela terapêutica é definida como a concentração mínima que provoca efeito e a concentração mínima que causa efeitos tóxicos.

  • Uma concentração plasmática adequada leva a uma terapia ótima.

Dinâmica do Fármaco

  • O fármaco entra, parte é distribuída, outra parte é transformada e outra é excretada: esse é um processo dinâmico.

    • Gráfico: No início, a entrada do fármaco é maior que a saída; em B, ocorre o equilíbrio.

  • Diminuição das funções fisiológicas: A diminuição das funções orgânicas com a idade exige ajustes nas doses de fármacos ao longo do tempo.

Travessia dos Fármacos na Membrana Biológica

  • Os mecanismos mais importantes para a travessia das membranas são a difusão passiva e o transporte mediado.

Difusão Passiva

  • Mecanismo: A difusão passiva ocorre através de poros aquosos se o fármaco for pequeno ou diretamente pela membrana, dependendo da lipofilia e a favor do gradiente de concentração.

  • Grau de Ionização: Muitos ácidos comportam-se como ácidos fracos ou bases, com várias formas dependendo do pH do meio.

  • Lei de Fick: A difusão passiva obedece à lei de Fick, que considera a permeabilidade, área de contato e um gradiente de concentração dos dois lados da membrana.

    • A forma não ionizada atravessa a membrana mais facilmente.

  • Ambientes: No estômago (pH ácido), o fármaco estará na forma não ionizada, facilitando sua absorção. No plasma, com pH de 7, o fármaco estará ionizado e pode acumular-se em vez de entrar na célula.

  • Equação de Henderson-Hasselbalch: Utilizada para calcular o grau de ionização de um fármaco em diferentes pH.

  • Cinetica de Ordem 1

  • Características: Sensível a oscilações de temperatura.

Transporte Mediado

  • Características:

    • Transportadores: Podem apresentar seletividade e saturação, reconhecendo moléculas específicas.

    • O transporte pode ocorrer a favor ou contra o gradiente (transporte ativo).

  • Equações Relacionadas:

    • Equação de Michaelis-Menten: Utilizada quando se trabalham com concentrações mais baixas.

  • Ao usarmos com concentrações mais baixas, estas comportam-se de formas semelhantes a cinética de ordem 1 com uma resposta linear

  • Devido a saturação, a maiores concentrações não se comporta de forma linear

  • O uso de vários fármacos que concorrem para os mesmos transportadores forma interações medicamentosas

Absorção

  • Via de administração sem absorção: intravenosa

Fatores que influenciam a absorção:

  • Área de absorção

  • Tempo de contato

  • Intimidade e intensidade do contato

Area de contacto

  • Lei de Fick e vilosidades que favorecem a absorção

  • Aureolos também contribuem para uma grande área de contato

Tempo de Contato

Intimidade de contato:

  • Em solução, a absorção é mais fácil do que em forma sólida.

  • Intensidade da irrigação:

    • No intestino, há alta irrigação, o que favorece a absorção.

    • Para anestesias locais: pode-se aplicar vasoconstritores para evitar a irrigação local.

    • Fármacos sublinguais: esta via é altamente irrigada, favorecendo a absorção.

Vias de Administração de Fármacos

Vias Entericas e Parentericas

  • Via Oral

    • Mais usada devido à sua conveniência.

    • Garantias de biodisponibilidade

      • A biodisponibilidade varia com o pH, presença de alimentos, e pode envolver formação de complexos, além de competição entre alimento e o fármaco.

    • Efeito de primeira passagem pelo fígado:

      • Após absorção, o fármaco passa pelo fígado e pode sofrer uma biotransformação inicial antes da excreção.

      • Um fármaco sem transformação teria biodisponibilidade de 100%; uma primeira passagem de 50% reduziria a biodisponibilidade a 50%.

    • Uso de profármacos (ex.: ácido acetilsalicílico) que se transformam em outras substâncias para evitar a diminuição da biodisponibilidade após a primeira passagem.

  • Via Sublingual:

    • Administração própria, desagregação do fármaco na língua, ignora a primeira passagem pelo fígado.

  • Via Retal:

    • A absorção pode ser prejudicada pela presença de fezes.

  • Via Intravenosa:

    • Não apresenta processo de absorção, fundamental para fármacos com baixa absorção, especialmente em administração controlada.

  • Via Intramuscular:

    • Cuidado para não falhar a injeção no músculo. Pode causar irritabilidade e deve ser administrada devagar. Pode atingir nervos.

  • Via Subcutânea:

    • Administração sob a pele; pode ser usada para implantes de fármacos.

  • Via Dermínica:

    • Ação local em áreas de pele fina e glabra, desde que o fármaco tenha características favoráveis à absorção.

  • Via Inalatória:

    • Utilizada para anestésicos e broncodilatadores; permite que os fármacos cheguem aos brônquios sem atingir os alvéolos ao usar aerossois (não se pretende um efeito sistémico)

  • Via Intratecal:

    • Aplicação direta no sistema nervoso central para fármacos que não atravessam a barreira hematoencefálica; é uma abordagem muito invasiva.

??Olho - para tratamento de glaucoma (aplicação??)

Aplicação Intravirica

  • Sequências com administração de vírus.

Distribuição

  • A distribuição é complexa, referindo-se à dinâmica dos fluidos corporais.

  • O corpo humano é composto em grande parte por água, o que afeta a distribuição dos fármacos.

  • Transferência Reversível: Refere-se à transferência reversível entre o espaço intravascular e o espaço extracelular.

Irrigação dos Tecidos

  • Os tecidos são irrigados de maneiras diferentes; rins e cérebro são altamente irrigados.

  • Tecidos adiposos têm baixa irrigação, mas podem acumular fármacos.

Volumes de Distribuição
  • Fármacos que permanecem no espaço intracelular têm um volume reduzido (aproximadamente 3 litros).

  • Fármacos no espaço intersticial podem ter um volume maior (aproximadamente 3 + 4 litros).

  • Um fármaco capaz de se dispersar amplamente pode atingir volumes próximos a 41 litros ou mais, importante para calcular doses de manutenção e carga.

Interações Medicamentosas

  • A distribuição pode levar a interações medicamentosas, impactando farmacodinâmica e farmacologia.

  • À medida que um fármaco viaja na corrente sanguínea, ele se associa a proteínas plasmáticas, como a albumina, que possui múltiplos locais de ligação para fármacos ácidos.

  • A glicoproteína alfa 1 ácida liga bases.

Importância da Ligação a Proteínas Plasmaticas
  • Se dois fármacos (A e B) competem pelo mesmo local de ligação, a fração livre do fármaco A aumenta, tornando-o ativo nos vasos sanguíneos. As proteínas plasmáticas atuam como reservatórios de fármacos.

  • Fármacos com estreita janela terapêutica (ex.: varfarina) ligam-se a 95% das proteínas plasmáticas; apenas 5% desse fármaco exerce efeito. O ibuprofeno pode competir por essas ligações.

  • Alterações nas proteínas plasmáticas (alteração de proteinemia) podem exigir ajustes na dosagem devido a variações genéticas que afetam a ligação do fármaco.

Redistribuição

  • A redistribuição envolve manter sucessivos equilíbrios.

  • Exemplo: exposição a DDT pode resultar em redistribuição e efeitos adversos em situações de emagrecimento.

  • A hemodiálise é um processo que pode remover fármacos do organismo, seguida por redistribuição entre tecidos e corrente sanguínea.

AQUIBiotransformação

Serie de transformações ao farmaco original

Um farmaco que está na corrente sanguínia como fica mais excretavel:

  • farmaco mais hidrofílico

  • aumentar a molecula

Reações no figado, o mais importante, o mais importante do figado é o sistema do citocromo p 250

Temos dois tipos de reação

tipo 1 - implica alteração de grupos funcionais para exposição

tipo2 - conjugados com grupos funcionais expostos

tabela com reações

oxidação, redução e hidrolise - tipo 1 - pelo citocromo p250

tipo 2 - transferases para uamentar a molecula, glicuronídeos, muitos glicoronaconjugados na urina, os metabolitos é diferente de colega para colega

Citocromo P450

-CYP236 e 3A4 - um novo farmaco n pode ser biotransformado por estas enzimas. conhecer as enzimas da biotransformação é importante. Os individuos são diferentes

alguns polimorfismos podem ter mutações com ganho ou perda de função. Para o farmaco X, ha metabolizadores rapidos e outros sejam metabolizadores lentos, pode causar toxicidade

Individuo com cirrose idose vai ter uma biotransformação diferente de um individuos adultos.

Administração de varias subs - interações medicamentosas

fenomeno de indução - podem inibir enzimas ou induzir

é reconhecidos grupos de indutores enzimaticos, tabacos, etanol, esteroides e proliferadores de peroxissomas

Alguns farm tem autindução, aumentar a sua metabolização, carbamazepina

isto leva a diferentes manifestações clicicas

A inibição pode ser competitiva ou não competitiva. e pode nao ser ultrapassavel com aumento do substrato

pode ser indireta

distribuição de diferentes isoformas isoniazida com metabolizadores rapidos normais e lentos, com efeitos diferentes na mesma dose.

A excressão vai ser ecenssialmente a nivel renal, filtração glomerolar primeiro

grande parte do filtrado vai ser reabsorvido (capacidade de passar membranas ) e secreção (transportadores, interações medicamentosa) intoxicação com um farmaco, podemos alcanilizar a urina

num acido fraco, podemos alcanizar a urina, ioniza o farmaco acido ou torna o basico mais coissssssss

A excreção

glicoproteina p - abc, contra gradiente os farmacos são excretados. interações com citostaticos e uma situação de interações medicamentosas com farmacos a concorrer para os mesmos transportadores.

Capacidade renal fica pior depois dos 30 - creatinina sérica, indicador de capacidade excretora. Aumento significa que não está a ser excretada como deve ser

O desempenho renal pode ser ajustado com esta informação

Cloroquina - 13000 L/Kg - é calculado da quantidade de farmaco pela concentração plasmatacia que vamos ter, quando vai logo para os tecidos, a concentração plasmatica é muito baixa, o valor fica muito alto

é importante porque diz se é mais bem ou mal distribuido e calcular doses carga

Eliminação:

  • biotransofrmação

  • excreção: clearanse, depuração, L/h/Kg

sangue que ao longo do tempo fica livre do farmaco. O clerance é o somatorio do contributo dos tecidos - taxa de eliminação sobre a quantidade de farmaco no plama (tempo de semivida)

tempo de semivida é inversamente proposinal há clearance.

igual ha dose do farmaco sobre a area sub a curva

diferentes cineticas de eliminação dos farmacos - sinetica de 1 ordem ou 0 ou mistas

Sendo a biodisponibilidade 100% - pico nos 100 mgl rapido até lenta eliminação

a eliminiação:

  • 50% por hora inicial, 50, 25, 12.5 etc… Temos uma eliminação exponencial, 1ª ordem (Verdadeiro e falso)

  • Concentração proporcional á taxa e tempo de semi vida constante

  • ao fim de 4 tempos de semi vida é 95% do farmaco

ordem 0

  • concentração naõ e proporcional á taxa de eliminação, a taxa de eliminação é constante

  • neste caso 25mlg

  • eliminação linear

  • poucos exemplos, sisplatina, acido acetilsalicilico, etanol.

Subdosagem é mais facil ultrapassar na primeira ordem, pois a eliminação é rapida para doses altas. Num de primeira ordem, com altas concentrações, podem saturar e depois aproximamos da ordem 0

Terapeutica:

  • via de administração

  • dose

  • duração do tratamento (a que tempo se administra)

  • Perfusão continua, controlo do farmaco por unidade de tempo, temos uma constante na janela terapeutica (concentração em equilibrio) pois aquilo de entra é igual ao que sai, taxa de administração é igual á de eliminação

  • leva-se 4 a 5 tempos de semividas para encontrar o equilíbrio

  • se aumentarmos a taxa de infusão, o tempo para equilibrio continua a ser o mesmo, mas a concentração a stead state é o mesmo

admistração aos poucos, vai aos poucos até a um equilibrio em sinodoisal

doses de carga - dose mais alta para chegar rapidamente à janela terapeutica, e há o risco de toxicidade ao passar a janela terapeutica. depois disso passa-se para a dose de manutenção

Lb= CPlasma + volume distribuição/volume de destribuição

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