Exercicios metrologia

Parte I – Compreensão teórica

  • Definição de Metrologia:
    A metrologia é a ciência da medição e suas aplicações. É importante na indústria pois garante a precisão e a qualidade dos produtos, além de facilitar a comparabilidade de medições entre diferentes contextos.
  • Tipologias de Metrologia:
    • Metrologia Científica: Focada em investigações e desenvolvimentos acadêmicos. Exemplo: calibração de um padrão de massa.
    • Metrologia Industrial: Envolve medições em processos produtivos. Exemplo: controle de dimensões em peças fabricadas.
    • Metrologia Legal: Relacionada à conformidade e legalidade das medições. Exemplo: medição de preços em balanças comerciais.
  • Sistema Português da Qualidade (SPQ):
    Estrutura que integra diversas entidades visando promover a qualidade. Componentes principais: organismos de normalização, certificação e laboratório de ensaio.
  • Contribuição da Metrologia para Competitividade:
    A metrologia assegura produtos de qualidade e dentro das especificações, reduzindo desperdícios e melhorando a eficiência dos processos produtivos.

Parte II – Instrumentos de medição

  • Instrumentos e suas Medidas:
    • Diâmetro de um parafuso (centesimal): Micrómetro.
    • Temperatura de um forno industrial: Termômetro digital.
    • Pressão num sistema hidráulico: Manómetro.
    • Ângulo de inclinação de uma peça mecânica: Transferidor mecânico.
  • Classificação de Instrumentos:
    • Calibre de vernier: Linear
    • Manómetro: Pressão
    • Termómetro digital: Temperatura
    • Transferidor mecânico: Angular
    • Micrómetro: Linear
  • Leitura de um Paquímetro:
    Partes principais: Escala fixa, escala deslizante e profundímetro. Para medir, deve-se alinhar a linha de medição da escala móvel com a escala fixa e somar a medida indicada na escala fixa com a leitura do vernier.

Parte III – Leitura de instrumentos

  • Leitura do Paquímetro:
    Escala fixa: 2,1 cm; Escala móvel: 0,35 cm (7ª marca). Medida final: 2,1 + 0,35 = 2,45 ext{ cm}.
  • Leitura do Micrómetro:
    Tambor fixo: 7,0 mm; Tambor rotativo: 0,28 mm. Medição indicada: 7,0 + 0,28 = 7,28 ext{ mm}.
  • Fatores de Erro com Paquímetro/Micrómetro:
    • Alinhamento incorreto das escalas pode causar erro.
    • Interferência externa como vibração ou calor excessivo.

Parte IV – Procedimentos e rastreabilidade

  • Definição de Procedimento de Medição:
    Conjunto de operações padronizadas que garantem a uniformidade na medição. Importância: assegura a qualidade e a repetibilidade dos resultados.
  • Rastreabilidade Metrológica:
    A rastreabilidade permite que as medições sejam relacionadas a padrões reconhecidos, essencial para garantir a precisão e a qualidade.
    Exemplo na indústria alimentar: controle de temperaturas de armazenamento.
  • Diferença entre Normas:
    • ISO 9001: Sistema de gestão da qualidade.
    • ISO 10012: Gestão da medição e rastreabilidade.
    • ISO/IEC 17025: Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração.

Parte V – Erros de medição

  • Classificação de Erros:
    • Sistemáticos:
      a) Micrómetro com desgaste na rosca interna (exemplo de erro fixo).
      c) Termómetro mal calibrado (exemplo de erro fixo).
    • Aleatórios:
      b) Diferença nas medições devido à vibração da bancada (influenciável).
      d) Leituras em diferentes ângulos por parte do operador (humano).
  • Minimizando Erros:
    • Paralaxe: Utilizar dispositivos de medição que garantam uma visualização direta.
    • Variação térmica: Manter instrumentos em ambientes controlados.
    • Calibração: Procedimentos regulares e registro das calibrações realizadas.
    • Erros humanos: Treinamento adequado e práticas de verificação constantes.

Parte VI – Incerteza e estatística

  • Medição Múltipla com Micrómetro: Leitura em mm: 7,32, 7,30, 7,31, 7,33, 7,30.
    • Valor médio: rac{7,32 + 7,30 + 7,31 + 7,33 + 7,30}{5} = 7,31 ext{ mm}.
    • Desvio padrão: Cálculo baseado nas diferenças em relação à média.
    • Incerteza tipo: Relação entre desvio padrão e resolução do instrumento. Resolução de 0,01 mm com incerteza rac{0,01}{ ext{constante}}.
  • Intervalo de Confiança:
    Massa de objeto é 50,0 ± 0,2 g. Representa uma margem aceitável em medições.
    Comparação com 49,7 g: dentro da margem, dependendo da precisão do equipamento de medição.

Parte VII – Gestão da Qualidade

  • Definição de Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ):
    Estrutura que estabelece políticas e objetivos focados na qualidade. Importância: garante conformidade com normas e melhoria contínua.
  • Vantagens do SGQ:
    1. Aumenta a satisfação do cliente.
    2. Reduz custos de falhas e retrabalho.
    3. Melhora a eficiência operacional.
  • Acreditação de Laboratório:
    Reconhecimento formal da competência técnica. Em Portugal, o Instituto Português de Acreditação (IPAC) é responsável.
  • Certificação vs Acreditação:
    • Certificação: validação de um sistema ou produto.
    • Acreditação: reconhecimento da capacidade de um laboratório.
  • Elementos em Manual da Qualidade:
    1. Política da qualidade.
    2. Objetivos da qualidade.
    3. Estrutura organizacional.

Parte VIII – Auditorias internas e externas

  • Objetivo da Auditoria da Qualidade:
    Avaliar a conformidade com as normas e identificar oportunidades de melhoria.
  • Diferenças entre Auditoria Interna e Externa:
    1. Interna: realizada por colaboradores da empresa.
    2. Externa: realizada por entidades independentes.
  • Não Conformidade:
    Uso de equipamento fora de calibração se classifica como não conformidade de processo. Ação corretiva: recalibração imediata do instrumento.

Parte IX – Aplicações práticas e avaliação

  • Cenário da Empresa Metalúrgica:
    Falta de certificados de calibração resulta em peças fora das tolerâncias, impactando a qualidade e a reputação da empresa.
    Medidas preventivas: revisão das práticas de medição e controle de qualidade mais rigoroso.
  • Relatório Técnico de Medição: Elementos essenciais:
    • Identificação do instrumento.
    • Resultado da medição.
    • Condições de teste utilizadas.
  • Exemplo Crítico de Metrologia:
    Indústria farmacêutica onde precisão nas medições é fundamental para a segurança do produto.

Parte X – Compreensão e observação crítica

  • Diferenciação de Ensaios:
    Ensaios de metrologia são focados em medições precisas, enquanto ensaios de desempenho testam funcionalidade e resistência.
  • Exemplos de Ensaios:
    • Ensaios de tração: testam a resistência de materiais.
    • Ensaios de compressão: avaliam a capacidade de suportar cargas.
  • Ensaios de Exposição:
    Simulam condições ambientais para garantir a durabilidade em ambientes corrosivos; importante em indústrias de construção e automotiva.
  • Grau de Proteção IP:
    Código "IP" indica a proteção contra a entrada de água e partículas. Exemplo: equipamentos de telecomunicações requirem alta proteção em ambientes externos.

Parte XI – Análise técnica e aplicações

  • Ensaios de Fadiga:
    Fornecem informações sobre a durabilidade de produtos sob condições cíclicas. Variabilidade ambiental pode alterar os resultados devido a mudanças na resistência dos materiais.
  • Bancos de Ensaios Elétricos:
    Importância: garantir segurança e desempenho. Confiança nas medições pode ser alcançada com calibrações regulares e uso de padrões reconhecidos.

Parte XII – Integração com a Metrologia e Qualidade

  • Importância da Calibração em Ensaios:
    1. Garantir a precisão de medições.
    2. Aumentar a confiança em resultados de teste.
    3. Evitar custos desnecessários devido a falhas de medição.
  • Documentos de Auditoria:
    Para verificar rastreabilidade: documentos de calibração, logs de manutenção e protocolos de ensaio.
  • Relatório Técnico sobre Ensaios:
    Escrever sobre um ensaio de interesse, incluindo objetivos, equipamentos e aplicações industriais.