Os botões são definidos como voltas redondas em torno de duas partes de um cabo, unindo-os permanentemente. O autor descreve vários tipos de botões, incluindo:
Botão Redondo
Botão Redondo Esganado
Botão Redondo Coberto
Botão Redondo Coberto Esganado
Os botões têm diversas finalidades:
Alcear qualquer volta: Serve para segurar o chicote ou o seio vivo do cabo, prevenindo que se desfaça.
Fazer malhas de redes, abossaduras ou encapeladura.
Amarrar 2 gatos iguais (ou gato de tesoura).
Amarrar olhal a uma peça fixa.
Esta lista não é exaustiva.
Consiste em uma série de voltas redondas. É utilizado quando não há grande esforço sobre o cabo ou quando o esforço é distribuído igualmente em ambas as partes.
São dadas duas ou três voltas redondas sobre o botão, finalizando com uma volta de fiel. Em alternativa, pode-se dar apenas a volta de fiel. Este botão oferece maior segurança, sendo usado quando o esforço é aplicado apenas em uma parte do cabo. É útil para fazer alças em cabos trançados que não podem ser costurados, como linhas de odômetro.
A sequência consiste em criar um botão redondo, cobri-lo com mais voltas redondas e, em seguida, esganá-lo com uma volta de fiel. É frequentemente utilizado para auxiliar cabos e sapatilhos, sendo considerado o botão mais forte.
Este botão é feito com voltas falidas e é ideal quando o esforço nas duas pernadas é desigual. As voltas são cruzadas, o que reduz o risco de escorregamento em comparação com o botão redondo. Também é utilizado em cabrilhas e pode ser coberto com voltas redondas ou esganado.
Prende dois cabos utilizando merlim, alternando entre voltas falidas e redondas. Após o merlim, esgana-se com voltas redondas ou uma volta de fiel. Aplica-se para unir com segurança dois cabos ou vergonntes paralelas ou cruzadas, como em uma cabrilha. A portuguesa oferece maior segurança do que os botões redondos, pois as voltas falidas impedem que as partes do cabo se desfaçam.
Serve para ligar cabos onde o esforço é exercido apenas sobre uma das pernadas.
Consiste em diversas voltas redondas dadas em duas direções perpendiculares, usado para suportar dois cabos cruzados.
Usada quando uma alça permanente é necessária no seio do cabo. Ao adicionar uma volta de fiel, formam-se duas alças. (Referência à sessão Alfa sobre voltas, especificamente a volta de fiel singela).
São botões provisórios dados em cabos para evitar que deslizem (arriarem).
Consiste em duas a quatro voltas redondas, esganadas e finalizadas com um nó direito, aplicadas nos gatos para evitar que se desengatem. A sequência é: voltas redondas, esganadura das voltas e arremate com nó direito, impedindo que o estôpo saia do gato.
Semelhante a uma portuguesa, mas esganado como uma barbela. Utilizado para prender o mastaréu ao mastro ou para prender dois paus cruzados formando uma cabrilha (aplicação similar à da portuguesa).
Consiste em atar duas ou mais peças com voltas de cabos. Utilizado para reparar mastros ou vergas trincadas ou partidas. Se a amarração afrouxar, taliscas de madeira são inseridas. Exemplo: prender um cunho a um mastro ou turco.
Refere-se a qualquer botão usado para apertar as alças do poleame (poliety), as gargantas dos estais e as encapeladuras dos ovéns. Os ovéns são cabos que se assemelham a estais e são encapelados no topo do mastro. A cozedura é o botão usado para fixar o ouvem no topo do mastro.